segunda-feira, 29 de agosto de 2011

" Paisagem em Mutação: a invenção de Belo Horizonte"

Museu Histórico Abílio Barreto, 27 de Agosto de 2011
Da esquerda para a direita: Adriana Marques Rodrigues, n°:01;
                                              Maria Thereza Machado Facundo, n°:34;
                                            Chiara Cássia Oliveira Amorim, n°:12;
                                    Karolina Celestrino Silva, n°:26;
                                        Amanda Araujo de Oliveira, n°: 03.
Descrição do Evento:


O Museu Histórico Abílio Barreto, localizado no bairro Cidade Jardim e inaugurado em 18 de fevereiro de 1943, conta com um casarão, um dos poucos que resistiram ao processo de modernização da cidade, no qual está acontecendo a exposição “Paisagem em Mutação: a invenção de Belo Horizonte”, que possui um acervo histórico com objetos do tempo do antigo Arraial do Curral Del Rei e dos seguintes anos.
Na exposição, a partir de textos grafados nas paredes, complementados por imagens, objetos, peças de épocas e uma maquete, pode-se observar a origem e todo processo de urbanização da atual cidade que, inicialmente, foi construída a partir de um projeto, mas que com a chegada de novas famílias foi se transformando e se desenvolvendo, modernizando.
O procedimento das desapropriações dos antigos habitantes, a demolição de casarões históricos, o enobrecimento da cidade, a construção dos edifícios, e todo o passado que influenciou no presente momento foi sistematicamente detalhado, de maneira que todos os visitantes do museu pudessem compreender como surgiu a atual Belo Horizonte.


Comentário Crítico:

A visita ao Museu Histórico Abílio Barreto é muito válida a partir do momento que se descobre mais do passado da nossa cidade, como ela surgiu e como foi se tornando a capital de Minas Gerais, além de se localizar em um local muito bonito e tranqüilo, apropriado para ir com toda a família.
Enfim, é muito interessante poder compreender como era o passado, por meio de objetos, imagens e réplicas (no caso da maquete) que, de certa forma, ajudam a entender o presente, principalmente quando se trata do local em que se habita, onde se proporciona uma reflexão de toda a criação da nossa capital nos tempos atuais.
As exposições do museu se encontram disponíveis às terças, sextas, sábados e domingos de 10 às 17h. Quartas e quintas de 10 às 21h.  A visita a este museu riquíssimo em conhecimento é gratuita.


Maquete do antigo Arraial do Curral del Rei


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sábado, 27 de agosto de 2011

Curta Circuito - Agosto 2011: "Morada - Um personagem, seu espaço e o tempo"

Cine Humberto Mauro - Palácio das Artes, 08 de Agosto de 2011
Da esquerda para a direita: Karolina Celestrino Silva, n°:26;
                                                   Maria Thereza Machado Facundo, n°34;
                                              Amanda Araújo de Oliveira, n°: 03; 
                                              Adriana Marques Rodrigues, n°: 01;
                                                   Chiara Cássia Oliveira Amorim, n°: 12


Descrição do Evento:

No dia 7 de agosto comemorou-se o “Dia do Documentário”, e no dia  8 de agosto foi apresentado “Morada”, no Palácio das Artes – Cine Humberto Mauro. “Morada" é um curta metragem, que conta a história de Dona Virgínia, moradora de uma casa ameaçada de desapropriação pela Prefeitura de Belo Horizonte desde a década de 50.
A personagem não é fictícia, dessa forma, representa uma população que sofre, ano após ano, a ameaça do governo de destruir o lugar onde guarda seu passado, suas lembranças com a finalidade de “progresso”. Mas que tipo de progresso é esse que chega e passa por cima de pessoas comuns que não têm forças para lutar contra a ganância dos poderosos e só podem esperar?
Portanto, o filme retrata bem esse sofrimento e incerteza de uma senhora que tem sua casa como seu refúgio e aconchego e que, apesar de tudo, ainda tem a ilusão de permanecer em seu lar e o reforma (pinta suas paredes); comemora seu aniversário de 80 anos, dá uma festa (a última) em sua casa que, logo em seguida, é desapropriada e derrubada para a ampliação da Avenida Antônio Carlos. Com isso, seu mundo desaparece. Dona Virgínia passa seus bens às duas filhas que teve e passa a viver com uma delas, “de favor”, pois já não tem mais nada. Entra em um processo de tristeza e, segundo a sua neta, Joana Oliveira, criadora do curta, adoece.



Comentário Crítico: 


O curta-metragem (que com o decorrer do processo de filmagem se tornou um longa) retratou com êxito o drama de famílias que convivem ou conviveram com a desapropriação de seu lar, o lugar onde se tem sossego e onde se sentem mais à vontade. Com o filme e com sua protagonista, Dona Virgínia, pôde-se refletir o que a nossa casa representa para a gente e como guarda lembranças que já nem damos tanto valor.
Com uma cidade que cresce vertiginosamente, os espectadores perceberam como a fúria do progresso desfaz com as lembranças de uma antiga cidade, e como é o procedimento de urbanização brasileiro e resistência (silenciosa) de pessoas comuns frente à força do capital se mostra.
Para muitos esse tipo de arte (o cinema) pode parecer chato, mas na verdade é bastante interessante pelo ponto de vista de representar com uma linguagem muito instigante o ser humano e seu cotidiano, ou seja, fatos que nos rodeiam e que às vezes não damos tanto valor.




Joana Oliveira, neta de Dona Virgínia, diretora e criadora do Curta "Morada".

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