sábado, 26 de fevereiro de 2011

29ª Bienal de São Paulo - Obras Selecionadas

Palácio das Artes, 22 de Fevereiro de 2011.
Descrição do Evento:
    
     A 29ª bienal de São Paulo contempla Belo Horizonte durante os dias 19 de janeiro a 20 de março de 2011, trazendo consigo, aproximadamente, 190 obras selecionadas. Entre essas composições artísticas, está as de Artur Barrio, Carlos Vergara e Lygia Pape, renomados artistas contemporâneos.  Além disso a exposição conta com a Fundação Clóvis Salgado, e com os espaços: Palácio das Artes e o Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, que são instituições de grande importância para a cidade, proporcionando à população uma maior integração cultural e oportunidades como esta, onde todos podem ir ao local e apreciar a arte.
       A bienal retrata a arte e a política, enfatizando a ligação entre ambos e a impossível separação entre as mesmas. Esta procura mostrar: objetos, fotos, artigos, e vídeos que refletem um momento histórico caracterizado, inicialmente, pelo autoritarismo, rígida censura e enraizada autocensura. Então, percebe-se que, em várias partes do mundo, a arte foi utilizada como forma de expressão que proporciona ao indivíduo uma melhor qualidade de vida, cidadania e humanização, ampliando, dessa forma, sua cultura. A Arte Contemporânea é aberta, não há fórmulas, regras para interpretá-la,o artista faz a obra para o "mundo".
      
Comentário Crítico:
    De caráter universal, a arte é cada vez mais um direito de todos e um ponto em comum entre as pessoas, independente das classes sociais que pertencem. As obras selecionadas na 29ª Bienal de São Paulo estão ligadas a um contexto sócio-econômico e político, permitindo ao público que faça leituras diversas, de acordo com a sua percepção e bagagem cultural.
    Muitas vezes, o artista contemporâneo não expõe a realidade por meio de palavras, mas, sim, através de fotografias, esculturas e pinturas; passando ao público valores, questionamentos e conhecimentos sobre si mesmo e sobre o mundo, demonstrando que mesmo em uma época ditatorial os artistas produziam suas obras e as adaptavam para sobreviver à censura e atingir o público. Assim,a exposição dispara a imaginação com temas que permeiam o cotidiano do homem comum, mas que estão nas entrelinhas ou esquecidas em gavetas, trabalhando com o lúdio e a interação do espectador.
       Por fim, é recomendável e indispensável à visita a bienal, pelo fato da arte ser uma forma muito interessante de percepção do mundo, a qual não tem um padrão de entendimento, ou seja, cada um tem uma forma de compreensão, pois a arte não se tem uma interpretação universal ou uma regra única para apreciá-la.
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